No Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto, o leite materno desempenha um papel vital no desenvolvimento de bebês prematuros. As mães ordenham o leite em um espaço próximo à UTI, e quando isso não é possível, o banco de leite supre a demanda. Além disso, o hospital conta com um programa robusto de doação de sangue, com 10% das transfusões do Hemocentro de Rio Preto destinadas à UTI neonatal.
O leite materno é crucial para o crescimento saudável dos prematuros, fornecendo anticorpos e gorduras essenciais para o desenvolvimento cerebral e imunológico. A neonatologista Maria Cristina Fleury Guimarães destaca que o leite materno pode antecipar a alta hospitalar em até duas semanas, o que é significativo para famílias que enfrentam longas internações.
Os bebês prematuros recebem acompanhamento de fonoaudiólogos para aprender a coordenar a sucção, respiração e deglutição. A fonoaudióloga Aline Barbosa Maia explica que, devido à imaturidade dos reflexos, é necessário fortalecer essas funções para uma amamentação segura.
Transfusões de sangue são frequentemente necessárias para prematuros, devido ao desenvolvimento lento do sistema hepatopático. A hematologista Andreia Garcia ressalta a importância desse procedimento para a qualidade de vida dos bebês. Avanços como incubadoras de parede dupla e o uso de CPAP têm melhorado a sobrevivência e o prognóstico dos prematuros, segundo a neonatologista Marciali Gonçalves Fonseca Silva.
O apoio psicológico é essencial para as mães, muitas vezes assustadas com os protocolos de cuidado. No Dia Mundial da Prematuridade, mães como Layane Freitas Domiciano celebram as vitórias de seus filhos, que nasceram com menos de um quilo e agora estão saudáveis. Matteo, nascido com 27 semanas, é um exemplo de sucesso após dois meses na UTI neonatal.

