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O psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, acusado de importunação sexual e estupro, será ouvido por videoconferência nesta quinta-feira, como parte final do inquérito conduzido pela Delegacia da Mulher de Marília (SP). A investigação, sob a responsabilidade da delegada Darlene da Costa, deve ser concluída até sexta-feira. O médico foi preso preventivamente no dia 22 de outubro, após se apresentar voluntariamente às autoridades.
Rafael Pascon, que trabalhava em uma clínica de Marília e no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Garça, é alvo de 29 denúncias de abuso, com registros em Marília, Garça e Lins. As acusações incluem importunação sexual e estupro de vulnerável, com vítimas entre 17 e 65 anos. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) instaurou uma sindicância para investigar o caso, que corre sob sigilo.
A Prefeitura de Garça afastou o médico após as denúncias, e a associação que o contratava rescindiu seu contrato. Em nota, a defesa de Pascon expressou perplexidade com a prisão preventiva, alegando que ele sempre colaborou com as investigações e afirmando sua inocência. A defesa espera que a Justiça reconheça a falta de provas concretas e liberte o médico.
Várias mulheres relataram abusos durante consultas. Uma vítima de Marília descreveu um episódio de estupro em 2024, enquanto outra, de Garça, relatou importunação sexual em 2018. Os relatos incluem comportamentos inapropriados, como abraços e comentários ofensivos, que resultaram em traumas psicológicos para as vítimas.
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