O depoimento do médico psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, acusado de importunação sexual e estupro, foi adiado devido a uma interrupção no fornecimento de energia na Penitenciária de Gália, onde ele está detido. A audiência, que estava programada para ocorrer por videoconferência nesta quinta-feira (30), foi remarcada para sexta-feira (31).
Rafael Pascon foi preso preventivamente em 22 de outubro, em Marília, após a Polícia Civil realizar buscas em sua residência e consultório. Ele se entregou voluntariamente, acompanhado por seus advogados. O médico enfrenta pelo menos 29 denúncias de abuso sexual, com registros em Marília, Garça e Lins, envolvendo vítimas de 17 a 65 anos.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) iniciou uma sindicância para investigar o caso, que permanece sob sigilo. A Prefeitura de Garça solicitou o afastamento do médico e a rescisão de seu contrato de trabalho foi determinada pela associação que o empregava.
Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, relatou que o abuso ocorreu durante uma consulta em agosto de 2024, quando o médico a chamou de “gostosa” e a estuprou. Outra vítima, de 65 anos, relatou que os abusos começaram em 2018, durante consultas no Centro de Atenção Psicossocial de Garça.
A defesa de Rafael Pascon expressou perplexidade com a prisão preventiva, considerando-a desnecessária, e afirmou que ele sempre esteve disponível para colaborar com as investigações. A defesa também sustenta que ele é inocente e que a Justiça reconhecerá a falta de provas concretas para sua detenção.

