Nos últimos três anos, as cidades do Oeste Paulista têm registrado um aumento significativo nos ataques de abelhas, com um crescimento de mais de 120% nos incidentes. Segundo dados do Ministério da Saúde, os casos saltaram de 75 em 2022 para 171 em 2024. Até setembro de 2025, já foram contabilizados 98 ataques na região de Presidente Prudente. Especialistas atribuem esse aumento à expansão agrícola e à consequente redução dos habitats naturais das abelhas.
O biólogo Johnny Michael explica que a intensificação da agricultura e a destruição de habitats naturais forçam as abelhas a migrarem para áreas urbanas, onde encontram refúgio em jardins e estruturas residenciais. Além disso, queimadas e desmatamentos contribuem para essa migração, levando enxames a se instalarem em locais como árvores e muros.
Após a morte de um homem em Rosana, atacado por um enxame enquanto fazia manutenção em um ar-condicionado, o Corpo de Bombeiros intensificou os alertas sobre os riscos de aproximação de colmeias. A vítima caiu de uma altura de quatro metros e não resistiu aos ferimentos, embora outras pessoas próximas tenham escapado sem ferimentos graves.
Especialistas recomendam que, ao avistar um enxame, as pessoas mantenham a calma e se afastem, evitando movimentos bruscos e barulhos. A remoção de colmeias deve ser feita por profissionais treinados, preferencialmente ao entardecer, quando as abelhas estão mais calmas. Perfumes fortes, sons altos e roupas escuras podem provocar ataques, assim como o barulho de motores.
