Pesquisas realizadas em hospitais e universidades do interior de São Paulo estão revolucionando o diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Iniciativas em Jaú, Botucatu e Presidente Prudente estão proporcionando diagnósticos mais rápidos e tratamentos menos invasivos, aumentando as chances de cura e melhorando a qualidade de vida das pacientes.
No Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, a biópsia líquida está sendo estudada como uma alternativa promissora para monitorar o câncer de mama. Este método detecta fragmentos do tumor em fluidos corporais, como sangue e urina, sem a necessidade de internação. A farmacêutica bioquímica Ludmilla Thomé Domingos Chinen destaca que a técnica é menos invasiva, mais rápida e de menor custo. Atualmente, mais de 200 pacientes participam voluntariamente do estudo, que visa ajustar tratamentos precocemente e minimizar efeitos colaterais.
Na Unesp de Botucatu, um protocolo abreviado de ressonância magnética foi desenvolvido, reduzindo o tempo do exame de 30 para 8 minutos sem comprometer a qualidade. O professor Eduardo Carvalho Pessoa explica que o novo método permite realizar mais exames, ampliando o acesso para mulheres com alto risco de desenvolver a doença. A técnica elimina etapas desnecessárias, tornando o processo mais confortável e eficiente.
Em Presidente Prudente, a Unoeste investiga a relação entre dieta e câncer de mama. A pesquisa revela que muitas pacientes consomem alimentos inflamatórios, como ultraprocessados, enquanto uma dieta equilibrada pode reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia. A nutricionista oncológica Sandra Genaro enfatiza a importância de uma alimentação individualizada para manter a imunidade e melhorar o bem-estar durante o tratamento.

