O médico psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, de 42 anos, foi preso preventivamente em Marília, São Paulo, após ser acusado de cometer crimes sexuais contra mais de 20 pacientes. As denúncias, que incluem importunação sexual e estupro, foram registradas em Marília, Garça e Lins, envolvendo vítimas com idades entre 17 e 65 anos, e os casos teriam ocorrido entre 2011 e 2025.
Rafael Pascon dos Santos atuava em uma clínica particular em Marília, no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Garça e em Lins. Ele foi detido após a Polícia Civil cumprir mandados em sua residência e consultório. Após a prisão, o médico foi levado para a penitenciária de Gália.
Até o momento, foram registrados 22 boletins de ocorrência nas Delegacias de Defesa da Mulher das três cidades. As autoridades relataram que as acusações variam de importunação sexual a estupro, com um padrão de abuso durante consultas médicas.
A Prefeitura de Garça, ao tomar conhecimento das denúncias, solicitou o afastamento imediato do médico e a rescisão de seu contrato. A associação que o contratou também encerrou seu vínculo de trabalho.
A defesa de Rafael Pascon dos Santos manifestou surpresa com a prisão preventiva, considerando a medida extrema e desnecessária. Os advogados afirmam que ele é inocente e esperam que a Justiça reconheça a falta de provas concretas para mantê-lo detido.
Relatos das vítimas descrevem um padrão de abuso em momentos de vulnerabilidade emocional. Uma mulher relatou ter sido estuprada durante uma consulta em 2024, enquanto outra mencionou comportamentos inapropriados desde 2011. Os relatos incluem desde beijos forçados até comentários inapropriados e toques indesejados.
