O tratamento do câncer de mama envolve mais do que procedimentos médicos; ele também afeta profundamente a autoestima e o emocional das pacientes. Iniciativas de apoio têm se mostrado fundamentais para transformar essa jornada em um processo de reconstrução e empatia. Durante a campanha Outubro Rosa, a série “Resistir” destaca a importância dessas redes de apoio.
Em Bauru, o Grupo Amigas do Peito, fundado em 2003 pelo médico William Delgallo, oferece suporte emocional e prático às mulheres em tratamento. A associação, que se tornou sem fins lucrativos em 2008, conta com voluntárias que já enfrentaram o câncer. Segundo Alaise Pinheiro dos Santos, presidente do grupo, a entidade enfatiza a importância do diagnóstico precoce e oferece diversas atividades e serviços, como oficinas de crochê, fisioterapia e nutrição.
A Entidade Anna Marcelina, associada ao Hospital Amaral Carvalho em Jaú, realiza ações solidárias há três décadas. Voluntários produzem próteses, lenços e perucas para pacientes oncológicos. Rosemary Antonelli Leite, presidente da entidade, ressalta que o apoio mútuo ajuda as pacientes a não se sentirem sozinhas. Benedito de Oliveira, um dos voluntários, dedica-se à produção de perucas, destacando a importância de devolver a autoestima às pacientes.
Em Assis, a tatuadora Dani Iartelli oferece tatuagens hiper-realistas de aréolas mamárias gratuitamente para mulheres que passaram por mastectomia. Inspirada por um tatuador americano, Dani realiza esse trabalho há 20 anos, proporcionando uma nova perspectiva de autoestima para mais de 50 mulheres.
O médico João Ricardo Auler Paloschi, do Hospital Amaral Carvalho, enfatiza que o suporte emocional é tão crucial quanto o tratamento clínico. Ele destaca que uma rede de apoio pode aumentar a confiança e até as chances de cura das pacientes.
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